Maria

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

We're living la vida loca!

Querida Malta!

Cada vez mais me apercebo do mundo de loucos acelerados em que vivemos. Passamos os dias a correr de um lado para o outro, não há tempo para nada, preocupamo-nos apenas com o imediato e muitas vezes vamos deixando as coisas mais importantes para o fim, para quando um dia houver tempo... E às vezes há um amigo que precisa de desabafar mas não temos tempo para ele, temos que estudar; há alguém à nossa volta com problemas mas temos que ir a algum lado, portanto vai ter que ficar para depois; temos o irmão, a irmã, o pai ou a mãe, sozinhos em casa mas há sempre um compromisso importantíssimo a que temos que ir; há um amigo que simplesmente tem saudades nossas e gostava de ter um minuto connosco, de saber como vai a vida, mas já temos os dias preenchidos, paciência…

Andamos num ritmo tal que não temos para ninguém a não ser para aqueles que estão connosco no dia-a-dia, e, às vezes, nem para esses temos tempo de jeito. E, de vez em quando, saem-nos umas do género “Não sonhas a quantidade de coisas que já fiz hoje!”, às vezes ainda mal o dia vai a meio. Por muito sinceras que sejam, será que toda essas coisas eram assim tão importantes, urgentes, inadiáveis? Será que o dia não era mais produtivo se fizéssemos um bocadinho menos, trocando uma dessas “coisas importantes e urgentes” por uma conversa, um café com um amigo com quem estamos pouco?

Eu estou para aqui a dizer coisas mas reconheço que sou a primeira a nunca ter tempo de jeito para ninguém… E o pior é que nem é por ter grandes responsabilidades, visto que estou no princípio do 10º ano, não trabalho e não tenho qualquer espécie de “cargo” em lado nenhum. Portanto, a minha única ocupação devia ser estudar. Mas não, eu não consigo. Invento as mais variadas desculpas, obrigações, as tais “coisas importantíssimas e urgentes” que, secalhar, não o são assim tanto…

Aproveito aqui também para pedir desculpa a todos aqueles para quem eu às vezes não tenho tempo, aqueles a quem eu me esqueço de dar atenção, aqueles que secalhar precisavam de um conselho, de uma simples conversa, mas "Desculpa, agora tenho outras coisas para fazer..."

Beijinhos,
Maria