Maria

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Nham nham

Quase todas as coisas sabem a outras coisas, o que acaba por ser uma absoluta falta de respeito pela dignidade das coisas. Neste momento, por exemplo, é quase impossível comprar um pacote de batatas fritas que saibam a batatas fritas. Há batatas com sabor a queijo, a presunto, a cebola, a alho, a ervas aromáticas e a churrasco. É preciso procurar bastante para encontrar essa variedade que são batas com sabor a batata. Entre estes sabores, haverá uns mais bizarros do que outros, mas nenhum é mais estranho do que o sabor a churrasco. Não nos é dito a que tipo de churrasco sabem as batatas. Se é a churrasco de peixe, churrasco de carne de vaca, churrasco de carne de porco ou churrasco de frango. Diz apenas churrasco. O que é uma maneira sofisticada de dizer que as batatas sabem, na verdade, a fumo.

Não vale a pena chorar pelas batatas porque não são as vítimas isoladas da praga. Há café com sabor a anis, a baunilha ou a canela, e água com sabor a limão, a morango, a pêssego, a framboesa ou a Jinseng. O caso da água é particularmente escandaloso, na medida em que se trata de um líquido incolor, inodoro e insípido. Se tiver cor, cheiro ou sabor, deixa de ser água. Aquilo que nos vendem é, portanto, uma fraude engarrafada. «Água com sabor» é uma contradição intrínseca aos termos em que é expressa. Não é modernidade; é parvoíce. Até porque a água com sabor já foi inventada há alguns anos, no Oriente. Parece que se chama «chá».


O flagelo ameaça alastrar a todo o lado. Tenho diante de mim duas embalagens de iogurte: uma com sabor a frutos tropicais e jindungo, outra com sabor a morango, chocolate e chili. E jindungo e chili continuam a ser, como o rótulo dos iogurtes confirma, dois tipos de malagueta. Isto, meus amigos, não é sofisticação gastronómica: é mixórdia. Não é gosto refinado: é javardice. Sabem em que outro sítio é que se encontram morangos com malaguetas, água choca e batatas com sabor a fumo? No balde dos porcos. Foi nisso que se transformou a nossa alimentação. Em lavagem. E alguém tem de fazer alguma coisa, antes que apareça o esparguete com sabor a leite condensado. Está para breve. Sente-se.

Ricardo Araújo Pereira

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Llamémonos Locos

Sí, llamémonos locos.

Locos por comprometernos a fondo,
Locos por olvidarnos de nosotros mismos,
Locos por amar con algo más que palabras,
Locos por compartir nuestro día a día.

Queremos ser locos,
Chiflados,
Apasionados,
Equipistas capaces de dar un salto hacia la inseguridad,
Hacia la incertidumbre del qué pasará;
Queremos ser locos,
Sin necesidad de llamar la atención,
Ni creernos superiores a los demás.

Sí, llamémonos locos,
Locos hoy, en el presente, en los ENSJ.
Enamorados de una forma de vida sencilla,
Capaces de aceptar cualquier tarea,
De acudir donde sea,
Locos libres y generosos,
Espontáneos y constantes.

Locos llamados a ser testigos,
A pringarnos, a ensuciarnos.
A tener miedo nada más que del miedo.

Llámanos locos, Señor.

Luis Pérez (Chipi)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O que é o amor?

Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos.

As crianças são sábias... vamos aprender juntos???








Respostas:

"Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso fere seus sentimentos" - Mathew, 6 anos

"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unha para ela. Mesmo quando ele tem artrite" - Rebecca, 8 anos

"Eu sei que minha irmã mais velha me ama, porque ela me dá todas as suas roupas velhas e tem que sair para comprar outras" - Lauren, 4 anos

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo conhecendo há muito tempo" - Tommy, 6 anos

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente" - Billy, 4 anos

"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela" - Chrissy, 6 anos

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, ara ter certeza que está do gosto dele" - Danny, 6 anos

"Amor é o que está com a gente no natal, quando você pára de abrir os presentes e o escuta" - Bobby, 5 anos

"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta. - Nikka, 6 anos

"Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda" - Samantha , 7 anos

"Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de deus, mas o amor de deus junta os dois" - Jenny, 4 anos

"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford" - Chris, 8 anos

"Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu não sentia medo" - Cindy, 8 anos

"Não deveríamos dizer eu te amo a não ser quando realmente o sintamos. e se sentimos, então deveríamos expressá-lo muitas vezes. As pessoas esquecem de dizê-lo" - Jessica, 8 anos

"Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não" - Patty, 8 anos

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro" - Mary Ann, 4 anos

"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse isso. Isso é amor" - Max, 5 anos

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

quarta-feira, 30 de julho de 2008

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Carta Aberta a Gaspar Llamazares

Sr. Llamazares: leo en la prensa que ha cursado solicitud formal para retirar la cruz y la Biblia de las juras de cargos públicos ante el Rey, y que está preocupado porque aún quedan cruces en los colegios y desfilan militares en las procesiones. En Italia, donde vivo, esa cuestión quedó zanjada con la sentencia judicial favorable al mantenimiento de la cruz en los lugares públicos porque se trata de un símbolo referente para la cultura italiana. Sin embargo, para usted no es así, y cree que se trata de un atentado a la laicidad del Estado.

Le pregunto: ¿va usted a pedir la retirada de nuestros museos, como ofensivos, de los Cristos de Velázquez o de las Vírgenes de Murillo? ¿Usted se va a presentar a trabajar en el Congreso el día de Navidad, por la terrible injusticia que representa el descanso para todos los españoles del día del nacimiento de Cristo? ¿Se va a aupar a la torre de la catedral de Toledo, para tapar sus cruces, que ofenden los aires de los millones de turistas que visitan la ciudad? ¿Se va a emplear con los billetes de 20 euros por representar la ventana gótica de una catedral europea, intolerante muestra de agresión religiosa? ¿Va a pedir prohibir la Semana Santa de Sevilla, la Romería del Rocío o de San Isidro, por su carga de ofensiva católica en las calles que a todos pertenecen? ¿Pedirá la retirada de nuestras bibliotecas, estatales y que pertenecen a todos, de las obras de Gonzalo de Berceo, de Lope de Vega y de Galdós, por su propaganda clerical, impensable en un Estado laico? ¿Borrará al Magistral de La Regenta? ¿Pedirá que la Real Academia declare que las Glosas Silenses y Emilianenses ya no son los testimonios más antiguos del castellano? ¿Borrará los apellidos de Navas de San Juan o de Villanueva del Arzobispo, o se empleará con los nombres de San Sebastián o de Sant Feliù de Llobregat por imponer a todos los ciudadanos un membrete con creencias religiosas adheridas? ¿Raspará con su cincel las cruces de Calatrava o de Santiago de los escudos municipales? ¿Liberará al cochino de San Antón de la oscurantista gorrinera católica, o pedirá usted que la pava de Cazalilla sea arrojada desde la Casa del Pueblo, en vez del campanario de la parroquia? ¿Empezará una cruzada para que el “Viva San Fermín” se transforme en un “Viva la serenidad laica de un Estado igualitario en sus manifestaciones lúdicas y/o festivas”? Señor Llamazares: le aconsejo que, antes de que su partido desaparezca definitivamente del Congreso, haga lo posible por cambiar su nombre en el registro civil, pues es indigno de un Estado como España que usted se llame Gaspar, como uno de los Reyes Magos, con evidentes reminiscencias católicas y monárquicas que pueden ofender al pueblo al que usted representa.



Pedro Aliaga Asensio
Roma